O ECO QUE VOCÊ É NO UNIVERSO


Tudo o que você pensa, sente ou pronuncia não é apenas som — é uma semente lançada no solo sagrado do seu **Eu Sou**. Esse "Eu Sou" não é um espectador distante, mas a centelha primordial que habita seu âmago: a mesma que, nas escrituras, é descrita como a chama sagrada que arde ao lado do coração do Criador. Não um servo, mas parte indivisível d’Aquele que tece os fios da existência.  


Para quem inicia esta jornada, entenda: o "Eu Sou" não desce à criação — expande-se nela. Imagine um sol que, para conhecer a pluralidade da luz, se fragmenta em infinitas faíscas. Cada centelha carrega a memória do fogo original, mas escolhe mergulhar na escuridão para redescobrir, através do contraste, sua própria incandescência. Você não é um pedaço perdido, mas um braço do divino estendido para tocar a própria obra.  


Quando o Eu Sou decide experienciar a Criação, não se divide por falta, mas por plenitude. É como um oceano que, para conhecer-se gota a gota, multiplica-se em rios, nuvens e lágrimas. Cada fragmento — seja um planeta, uma consciência ou o suspiro entre duas estrelas — é um espelho que reflete, em ângulos distintos, a mesma essência. Na Terra, chamamos isso de "tempo", mas na linguagem da alma, é apenas um palco onde infinitos "agoras" coexistem.  


O que isso revela sobre você? 

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Que sua vida atual não é um acidente, mas um experimento divino em escala microscópica. Enquanto seu corpo ocupa um ponto na linha do tempo, sua essência habita todas as dimensões simultaneamente. Você é, ao mesmo tempo, a gota e o oceano, o grão de areia e o deserto inteiro. A "simultaneidade" não é um quebra-cabeça cósmico, mas a verdade mais simples: você já está em todos os lugares, em todos os tempos, porque o Eu Sou não conhece fronteiras — só presença.  


E assim, cada desafio, cada alegria passageira, até o vazio que às vezes lateja no peito, não são sinais de imperfeição, mas notas de uma sinfonia composta para ser ouvida em todas as frequências. Você não está aqui para "voltar" à Fonte. Está aqui para reconhecer, no meio do caos, que nunca saiu dela.  


(...e quando você silencia, o Universo sussurra: "Todo 'eu' é um 'nós' disfarçado de solidão.")



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