FRACTAL DE SABEDORIA - 01

O mundo que se desdobra diante dos seus olhos não é uma paisagem estática, mas um diálogo íntimo entre a alma e o infinito. Cada pedra, cada brisa, cada encontro que você chama de "realidade" é um eco amplificado dos mapas invisíveis traçados no silêncio do seu coração. O universo material não é uma ilusão, e sim um espelho líquido — oscila, refrata e se molda conforme os sussurros daquilo que você escolheu alimentar em segredo: suas certezas mais profundas são as mãos que esculpem a argila do visível.  

O que você enxerga como sólido é, na verdade, um teatro de sombras projetadas pelas lâmpadas da sua própria consciência. Cada dor, cada alegria, cada limite que parece imposto de fora para dentro é uma dança coreografada pelas verdades que você ousa (ou teme) abraçar. A matéria é um sonho coletivo, sim, mas seu fragmento particular desse sonho está tingido pelas cores das histórias que você repete para si mesmo ao anoitecer, quando ninguém mais ouve.  

Não se engane: o espelho não mente. Ele revela, com crueldade e beleza, o que você ainda não conseguiu nomear. A paisagem externa é um poema escrito em colaboração entre seus medos mais antigos e as sementes de esperança que você insiste em regar mesmo no deserto. Mudar o mundo, então, não é questão de força, mas de coragem — coragem para encarar os monstros que habitam os porões da sua própria fé.


M&

#fractal   #essênciaprimordial  #autoconhecimento  

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